quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

A LOCAÇÃO DE IMÓVEIS E O EXERCÍCIO DA PARCERIA


Na locação imobiliária podemos destacar cinco elementos essenciais para que exista a locação. O proprietário, denominado Locador, o inquilino, denominado locatário, o bem, denominado imóvel (casa, apartamento, loja, terreno etc), o preço da locação, denominado aluguel, a garantia do valor locatício. Nesta oportunidade queremos acrescentar algo muito importante, a PARCERIA.

O locador, por interesse como investidor ou por outra forma (herança, dação em pagamento etc), oferece ao mercado um imóvel para locação. O locatário, por entendimento ou necessidade pessoal, tem interesse em locar um imóvel. O imóvel existe, as partes se aproximam ou são aproximadas quando há a intermediação de terceiro, no caso o corretor de imóveis ou a imobiliária. Há entendimento quanto ao imóvel e o preço da locação será ajustado entre as partes, o denominado aluguel, que poderá incluir outros encargos, IPTU, despesas de condomínio, seguros. Resta ajustar a forma de garantia do valor locatício (fiador, caução. seguro fiança, etc).

Nesta oportunidade queremos destacar a PARCERIA na contratação locatícia. Muitas coisas na vida dependem da parceria consciente. Na locação deveria ser a bússola do bom convívio. É voz corrente e a prática confirma, que o bom relacionamento entre locador e locatário existe até a assinatura do contrato de locação e a entrega das chaves do imóvel. No dia seguinte começam as divergências. O imóvel não era o desejado pelo locatário, o aluguel não é o justo, o IPTU, as contas de luz e água são muito altos; o locador entende que ao entregar as chaves do imóvel ao locatário a ele transferiu todas as pendências.
Tudo ficaria mais fácil se locador e locatário reconhecessem que a locação é uma grande PARCERIA, apesar de ser de caráter oneroso.

O locador dispõe do imóvel que representa um valor econômico-financeiro e, por isso, deseja realizar uma renda. Por outro lado, o locatário ou não dispõe de recursos financeiros para adquirir um imóvel, ou não tem interesse em investir em imóvel, ou, ainda, há a possibilidade de permanência no local por um prazo relativamente curto que não recomenda a aquisição de um imóvel naquela localidade.

Até aqui demos como exemplo a locação de imóvel para fins residenciais, para recomendar o entendimento da boa PARCERIA. Transportando a locação para a área não residencial, a necessidade do entendimento da PARCERIA fica ainda mais evidente.

O locador dispõe do imóvel e deseja uma renda. O locatário não dispõe de recursos suficientes para a aquisição de um imóvel ou, dispondo, não tem interesse em imobilizar dinheiro que irá desfalcar o seu capital de giro necessário para instalações, estoque. equipe, tecnologia etc.

Temos aí a PARCERIA perfeita. Locador e locatário têm interesses mútuos que se consolidarão com o decorrer do tempo. Os dois negociam com mercadorias. Para o locador a mercadoria é seu imóvel que irá gerar uma renda. Pra o locatário a mercadoria é a sua empresa que gerará riqueza para o bem próprio e da sociedade em geral.

Há a história do vendedor de amendoim na porta do banco. Os dois assumiram um compromisso. O vendedor de amendoim não empresta dinheiro e o banco não vende amendoim. Vivem em perfeita harmonia.

Locador e Locatário sejam parceiros e não antagônicos. Vivam a vossa PARCERIA e sejam felizes por muito tempo!

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